terça-feira, 6 de outubro de 2009

CÁLIDO AGOSTO

Sente-se um vento fresco, nesta calma,
Que suaviza, que amaina, que tempera,
Como a oração rezada, para a alma,
Como a sombra da tília refrigera.


Assim como a coroa em verde palma
Na fronte transpirada que vencera,
Ou o antibiótico que acalma
A dor silenciosa a quem sofrera.


Abençoado vento que suaviza,
Que mansamente corre, feito brisa,
Num cálido, exigente mês de Agosto.


Uma tosse convulsa e resistente
Fez-me pensar, inopinadamente,
Que me sinto mais débil, mais exposto.

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