sábado, 12 de setembro de 2009

Ninguem sabe

NINGUÉM SABE...



Ninguém sabe, como nós,
Os da nossa terra ausentes,
Dos sentimentos plangentes
Que nos embargam a voz.


Ninguém sabe, indiferentes,
Como nos sentimos sós
E, tantos anos após,
As saudades são presentes.


Ninguém sabe, pressuposto,
Que as rugas do nosso rosto
A saudade é quem as trama.


Ninguém sabe, com certeza,
Que come comigo à mesa
E dorme na mesma cama.




09.05.19
O. Pinho

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