OUVI-TE A VOZ
Ouvi-te a voz quebrantada
Dizer-me a nova funesta...
Foi noticia inesperada,
Crua, brutal, indigesta.
Era uma voz resignada,
De impotência manifesta,
A fruta desmoronada
Que não cabia na cesta...
Era a tremura da voz
Que se apodera de nós
Em rigoroso momento.
Era a alma que doía
Em busca de uma alquimia
Para tanto sofrimento!
O.Pinho
08.10.17
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