quarta-feira, 18 de maio de 2011

Assombro

Entras na Igreja... Um assombro!
Meu olhar a ti se prende.
Não sei se Cristo se ofende
Por te espreitar pelo ombro...

Também tenho meu Calvário,
Inóspito altar de dor
Onde expio, solitário,
As perversões do amor.

E no lenho que carrego,
Mas que vai continuar,
Vais tu, sem martelo ou prego,
Nele me crucificar!

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