quarta-feira, 18 de maio de 2011

Pálpebra

Fechou-se a pálpebra. Acabou o dia!
As aves, em ruidosa sinfonia,
Acomodam-se, inquietas, no arvoredo...
Dentro da noite, escura como breu,
As estrelas cintilam lá no céu
E começaram a brilhar mais cedo.


Silêncio. Um silêncio tão absoluto,
Que nem vento nem folha, nada escuto!
Só eu, na companhia das estrelas.
E naquele momento, nesse instante,
Vaidoso me senti e importante
Porque era apenas eu, no meio delas.


E reparo na Estrela da Manhã...
Lá longe bem escuto coaxar a rã
Em algazarra divertida, claro!
Um cão ladra, convicto, não sei onde
E logo após um outro responde
Num aceso diálogo, não raro.


E descerra-se a pálpebra. De novo
A luz do Sol desperta, anima o povo
Com pujança e fulgor sem paralelo.
Senso impossível eu localizá-lo,
Canta um afoito, fulgurante galo,
Autoritário rei no seu castelo!

Sem comentários:

Enviar um comentário